terça-feira, 21 de agosto de 2012

ESFINGE

Havia uma única esfinge na mitologia grega, um demônio exclusivo de destruição e má sorte, de acordo com Hesíodo uma filha da Quimerae de Ortro[2][Nota 1] ou, de acordo com outros, de Tifão e de Equidna [3][4] — todas destas figuras ctônicas. Ela era representada em pintura de vaso e baixos-relevos mais freqüentemente assentada ereta de preferência do que estendida, como um leão alado com uma cabeça de mulher; ou ela foi uma mulher com as patas, garras e peitos de um leão, uma cauda de serpente e asas de águia. Hera ou Ares mandaram a esfinge de sua casa na Etiópia (os gregos lembraram a origem estrangeira da esfinge) para Tebas e, em Édipo Rei de Sófocles, pergunta a todos que passam o quebra-cabeça mais famoso da história, conhecido como o enigma da esfinge, decifra-me ou devoro-te:
Que criatura pela manhã tem quatro pés, ao meio-dia tem dois, e à tarde tem três? Ela estrangulava qualquer inábil a responder, dai a origem do nome esfinge, que deriva do grego sphingo, querendo dizer estrangular.
Édipo resolveu o quebra-cabeça: O homem — engatinha como bebê, anda sobre dois pés na idade adulta, e usa um arrimo (bengala) quando é ancião.
Furiosa com tal resposta, a esfinge teria cometido suicídio, atirando-se de um precipício. Versão alternativa diz que ela devorou-se.
quebra-cabeça exato perguntado pela esfinge não foi especificado por vários contadores da história e não foi estandartizado como o dado sobre até muito mais tarde na história grega.[5] Assim Édipo pode ser reconhecido como um limiar ou figura de solado de porta, ajudando efeito a transição entre as velhas práticas religiosas, representadas pela esfinge, e novas, unidade olímpica.


sábado, 11 de agosto de 2012

FÊNIX



Aparecida no filme Harry Potter
fênix ou fénix (em grego ϕοῖνιξ) é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes. Podendo se transformar em uma ave de fogo.
Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fénix vivia exatamente quinhentos anos. Outros acreditavam que seu ciclo de vida era de 97.200 anos. No final de cada ciclo de vida, a fénix queimava-se numa pira funerária. A vida longa da fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.
Os gregos parecem ter se baseado em Bennu, da mitologia egípcia, representado na forma de uma ave acinzentada semelhante à garça, hoje extinta, que habitava o Egito. Cumprido o ciclo de vida do Bennu, ele voava a Heliópolis, pousava sobre a pira do deus , ateava fogo em seu ninho e se deixava consumir pelas chamas, renascendo das cinzas.
Hesíodo, poeta grego do século VIII a.C., afirmou que a fênix vivia nove vezes o tempo de existência do corvo, que tem uma longa vida. Outros cálculos mencionaram até 97.200 anos.
De forma semelhante a Bennu, quando a ave sentia a morte se aproximar, construía uma pira de ramos de canelasálvia e mirra em cujas chamas morria queimada. Mas das cinzas erguia-se então uma nova fénix, que colocava piedosamente os restos da sua progenitora num ovo de mirra e voava com ele à cidade egípicia de Heliópolis, onde os colocava no Altar do Sol.
Dizia-se que estas cinzas tinham o poder de ressuscitar um morto. O imperador romano Heliogábalo (204-222 d. C.) decidiu comer carne de fénix, a fim de conseguir a imortalidade. Comeu uma ave-do-paraíso, que lhe foi enviada em vez de uma fénix, mas foi assassinado pouco tempo depois.
Atualmente os estudiosos creem que a lenda surgiu no Oriente e foi adaptada pelos sacerdotes do Sol de Heliópolis como uma alegoria da morte e renascimento diários do astro-rei. Tal como todos os grandes mitos gregos, desperta consonâncias no mais íntimo do homem. Na arte cristã, a fénix renascida tornou-se um símbolo popular da ressurreição de Cristo.
Curiosamente, o seu nome pode dever-se a um equívoco de Heródoto, historiador grego do século V a.C.. Na sua descrição da ave, ele pode tê-la erroneamente designado por fénix (phoenix), a palmeira (phoinix em grego) sobre a qual a ave era nessa época representada.
  • A crença na ave lendária que renasce das próprias cinzas existiu em vários povos da antiguidade como gregos, egípcios e chineses. Em todas as mitologias o significado é preservado: a perpetuação, a ressurreição, a esperança que nunca têm fim.
  • Para os gregos, a fénix por vezes estava ligada ao deus Hermes e é representada em muitos templos antigos. Há um paralelo da fénix com o Sol, que morre todos os dias no horizonte para renascer no dia seguinte, tornando-se o eterno símbolo da morte e do renascimento da natureza.
  • Os egípcios a tinham por "Bennu" e estava relacionada a estrela "Sótis", ou estrela de cinco pontas, estrela flamejante, que é pintada ao seu lado.
  • Na China antiga a fénix foi representada como uma ave maravilhosa e transformada em símbolo da felicidade, da virtude, da força, da liberdade, e dainteligência. Na sua plumagem, brilham as cinco cores sagradas.RoxoAzulVermelhaBranco e Dourado.
  • No início da era Cristã esta ave fabulosa foi símbolo do renascimento e da ressurreição. Neste sentido, ela simboliza o Cristo ou o Iniciado, recebendo uma segunda vida, em troca daquela que sacrificou.
  • No Acidente na mina San José em 2010, a cápsula que estava retirando um por um dos 33 mineiros foi chamada de Fênix, porque o resgate deles a uma profundidade muito funda de terra lembra a ressureição da ave mítica das cinzas.
    "Existe outro pássaro sagrado, também, cujo nome é fénix. Eu mesmo nunca o vi, apenas figuras dele. O pássaro raramente vem ao Egito, uma vez a cada cinco séculos, como diz o povo de Heliópolis. É dito que a fénix vem quando seu pai morre. Se o retrato mostra verdadeiramente seu tamanho e aparência, sua plumagem é em parte dourado e em parte vermelho. É parecido com uma águia em sua forma e tamanho. O que dizem que este pássaro é capaz de fazer é incrível para mim. Voa da Árabia para o templo deHélio (o Sol), dizem, ele encerra seu pai em um ovo de mirra e enterra-o no templo de Hélio. Isto é como dizem: primeiramente molda um ovo de mirra tão pesado quanto pode carregar, então abre cavidades no ovo e coloca os restos de seu pai nele, selando o ovo. E dizem, ele encerra o ovo no templo do Sol no Egito. Isto é o que se diz que este pássaro faz." -Heródoto,[1]

    "E a fénix, ele disse, é o pássaro que visita o Egito a cada cinco séculos, mas no resto do tempo ela voa até a Índia; e lá podem ser visto os raios de luz solar que brilham como ouro, em tamanho e aparência assemelha-se a uma águia; e senta-se em um ninho; que é feito por ele nas primaveras do Nilo. A história do Aigyptos sobre ele é testificada pelos indianos também, mas os últimos adicionam um toque a história, que a fénix enquanto é consumida pelo fogo em seu ninho canta canções de funeral para si" - Apolônio de Tiana,[2]

    "Estas criaturas (outras raças de pássaros) todas descendem de seus primeiros, de outros de seu tipo. Mas um sozinho, um pássaro, renova e renasce dele mesmo - a Fénix da Assíria, que se alimenta não de sementes ou folhas verdes mas de óleos de bálsamo e gotas de olíbano. Este pássaro, quando os cinco longos séculos de vida já se passaram, cria um ninho em umapalmeira elevada; e as linhas do ninho com cássia, mirra dourados e pedaços de canela, estabelecida lá, inflama-se, rodeada de perfumes, termina a extensão de sua vida. Então do corpo de seu pai renasce uma pequena Fénix, como se diz, para viver os mesmos longos anos. Quando o tempo reconstrói sua força ao poder de suportar seu próprio peso, levanta o ninho - o ninho que é berço seu e túmulo de seu pai - como imposição do amor e do dever, dessa palma alta e carrega-o através dos céus até alcançar a grande cidade do Sol (Heliópolis, no Egito), e perante as portas do sagrado templo do Sol, sepulta-o" - Ovidio,[3]
    A Fênix, símbolo de ressurreição.

    [editar]A Fênix entre os persas

    O poeta persa sufista Farid al-Din Attar, no livro A Conferência dos Pássaros, de 1177, descreve a fênix:
    "Na Índia vive um pássaro que é único: a encantadora fênix tem um bico extraordinariamente longo e muito duro, perfurado com uma centena de orifícios, como uma flauta. Não tem fêmea, vive isolada e seu reinado é absoluto. Cada abertura em seu bico produz um som diferente, e cada um desses sons revela um segredo particular, sutil e profundo. Quando ela faz ouvir essas notas plangentes, os pássaros e os peixes agitam-se, as bestas mais ferozes entram em êxtase; depois todos silenciam. Foi desse canto que um sábio aprendeu a ciência da música. A fênix vive cerca de mil anos e conhece de antemão a hora de sua morte. Quando ela sente aproximar-se o momento de retirar o seu coração do mundo, e todos os indícios lhe confirmam que deve partir, constrói uma pira reunindo ao redor de sí lenha e folhas de palmeira. Em meio a essas folhas entoa tristes melodias, e cada nota lamentosa que emite é uma evidência de sua alma imaculada. Enquanto canta, a amarga dor da morte penetra seu íntimo e ela treme como uma folha. Todos os pássaros e animais são atraídos por seu canto, que soa agora como as trombetas do Último Dia; todos aproximam-se para assistir o espetáculo de sua morte, e, por seu exemplo, cada um deles determina-se a deixar o mundo para trás e resigna-se a morrer. De fato, nesse dia um grande número de animais morre com o coração ensanguentado diante da fênix, por causa da tristeza de que a veem presa. É um dia extraordinário: alguns soluçam em simpatia, outros perdem os sentidos, outros ainda morrem ao ouvir seu lamento apaixonado. Quando lhe resta apenas um sopro de vida, a fênix bate suas asas e agita suas plumas, e deste movimento produz-se um fogo que transforma seu estado. Este fogo espalha-se rapidamente para folhagens e madeira, que ardem agradavelmente. Breve, madeira e pássaro tornam-se brasas vivas, e então cinzas. Porém, quando a pira foi consumida e a última centelha se extingue, uma pequena fênix desperta do leito de cinzas.
    Aconteceu alguma vez a alguém deste mundo renascer depois da morte? Mesmo que te fosse concedida uma vida tão longa quanto a da fênix, terias de morrer quando a medida de tua vida fosse preenchida. A fênix permaneceu por mil anos completamente só, no lamento e na dor, sem companheira nem progenitora. Não contraiu laços com ninguém neste mundo, nenhuma criança alegrou sua idade e, ao final de sua vida, quando teve de deixar de existir, lançou suas cinzas ao vento, a fim de que saibas que ninguém pode escapar à morte, não importa que astúcia empregue. Em todo o mundo não há ninguém que não morra. Sabe, pelo milagre da fênix, que ninguém tem abrigo contra a morte. Ainda que a morte seja dura e tirânica, é preciso conviver com ela, e embora muitas provações caiam sobre nós, a morte permanece a mais dura prova que o Caminho nos exigirá".


sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Titã Crio

                Crio (em grego: Κρείος, Kreíos) é um dos doze titãs clássicos da tradição hesiódica. Ele desposou Euríbia e gerou: Palas, Astreu e Perses.
Filho de Urano e de Gaia, Crio representava o inverno, o frio, os seres marítimos, os rebanhos e seu poder destrutivo envolvia as criaturas até hoje desconhecidas do mar abissal. Ninguem conhece a real forma deste titã.
Crio, assim como os demais titãs que ficaram ao lado de Cronos na Titanomaquia, foi aprisionado no Tártaro.

Titã Urano


Urano (em grego antigo Ουρανός, translit.: Ouranos, ‘céu’, ‘firmamento’, latinizado como Uranus) era uma divindade da mitologia grega que personificava o céu. Foi gerado espontaneamente por Gaia (a Terra) e casou-se com sua irmã. Ambos foram ancestrais da maioria dos deuses gregos, mas nenhum culto dirigido diretamente a Urano sobreviveu até a época clássica,[1] e o deus não aparece entre os temas comuns da cerâmica grega antiga. Não obstante, a Terra, o Céu e Estige podiam unir-se em uma solene invocação na épica homérica.[2]
Urano teve vários filhos (e irmãs), entre os quais os Titãs, os Ciclopes e os Hecatônquiros (seres gigantes de 50 cabeças e 100 braços). Odiava seus filhos e por isso mantinha todos presos no interior de Gaia, a Terra. Esta então instigou seus filhos a se revoltarem contra o pai. Cronos, o mais jovem, assumiu a liderança da luta contra Urano e, usando uma foice oferecida por Gaia, castrou seu pai e jogou seus testículos ao mar. Formou-se uma espuma, da qual brotou Afrodite, a deusa do amor. Dosangue de Urano que caiu sobre a terra, nasceram os Gigantes, as Erínias e as Melíades.
A maioria dos gregos considerava Urano como um deus primordial (protogenos) e não lhe atribuía filiação. Cícero afirma, em De Natura Deorum ("Da Natureza dos Deuses"), que ele descendia dos antigos deuses Éter e Hemera, o Ar e o Dia. Segundo os hinos órficos, Urano era filho da noite, Nix.
Seu equivalente na mitologia romana é Caelus ou Coelus - do qual provém caelum (coelum), a palavra latina para "céu".

Titã Oceano


Na mitologia gregaOceano (grego Οκεανος, okeanos), era o imenso rio que rodearia a Terra, personificado pelo titã de mesmo nome, filho de Urano e Gaia que tinha um corpo formado por um torso de um homem, com garras de caranguejo tal qual chifres nacabeça e grande barba, terminando com a cauda de uma serpente.
Alguns estudiosos consideram que Oceano representava originalmente todas as massas de água salgada, incluindo o Mediterrâneoe o Oceano Atlântico, as duas maiores massas conhecidas pelos antigos gregos. Contudo, com a evolução dos conhecimentos geográficos, Oceano passou a representar apenas as águas desconhecidas do Atlântico (também chamado de "Mar Oceano"), enquanto Poseidon reinava no Mediterrâneo.
Da união com sua irmã Tétis, foram originadas as ninfas dos mares ou Oceânidas, dentre as quais Anfitrite, mãe de Tritão, asNereidas, os rios, além de todos os seres marinhos, que tomavam parte ativa nas aventuras dos deuses, como os golfinhos.
Na maioria das variantes do mito da guerra entre os Titãs e os Deuses Olímpicos, ou Titanomaquia, Oceano, tal como Prometeu eTêmis, não se juntaram aos seus irmãos titãs contra os Olímpicos, tendo se mantido afastados do conflito. Oceano também teria recusado aliar com Cronos na sua revolta contra seu pai Urano, mas ajuda Zeus quando este resolve salvar seus irmãos que foram engolidos por seu pai. É a sua filha Métis (que conhecia todas as ervas da terra) que confecciona uma poção capaz de fazer Cronos regurgitar os filhos que havia engolido.

Odisseia

 

Autor: 
Homero
Resumo do Livro:
 A Odisséia de Homero narra as aventuras de Ulisses durante 10 anos de ausência ao lar, compondo-se de quatro partes a narrativa.  
Na primeira parte aparece a Assembléia dos Deuses. Ulisses partira. Muitos eram os pretendentes da mão de sua esposa Penélope. Atena estimula Telêmaco para proteger sua mãe contra esse pretendentes. Entretanto os dias passavam e uma angústia, o desespero apodera-se de Telêmaco. Decide sair à procura de seu pai Ulisses, percorrendo Pilo e após a Lacedônia, porém sem êxito. Enquanto isso os pretendentes em sua casa lançam mão da emboscada.  
Na segunda parte, os deuses se reúnem, em assembléia, novamente. Após atender solicitação de Atena, Zeus dá o encargo a Hermes que ordene a Calipso permitir que Ulisses parta, após sete anos de retenção. Uma jangada é construída por Ulisses. Nela se encontrava navegando quando é colhido por uma tempestade. É atirado na Ilha dos  Feaces. Adormece. Quem o encontra e dele procura cuidar, acolhendo-o em seu palácio é Náusica, a filha do Rei Alcinoo. Ulisses dá prova de sua forte compleição atlética quando participa no jogo da projeção do disco que é promovido em honra de Náusica, saindo vitorioso da disputa. Sua volta à pátria estava prestes a concretizar-se.  
Na terceira parte é encontrado o relato de Ulisses sobre as suas aventuras. Sua partida de Tróia, o país dos Cicones dos Ciclopes, e os seus seis companheiros devorados. Também é relatado o episódio de Polifemo. Na Ilha de Eolo os ventos se encontram presos nos odres, que após abertos por seus companheiros, desencadea-se uma violenta tempestade. Circe transforma-os em porcos. Só depois de muita persuasão é que Ulisses consegue convencê-lo para quebrar o encanto. Seus companheiros voltam á forma humana. Ulisses é seguido pelas sereias. Após outras peripécias consegue  finalmente alcançar a Ilha de Calipso.  
Na quarta parte há o retorno de Ulisses à Ítaca. Disfarça-se de mendigo. É reconhecido pelo seu filho Telêmaco na casa de Eumeu. Chega ao palácio, é menosprezado e sofre os maiores escârnios e ultrajes dos que pretendiam a mão de Penélope. Não é reconhecido por sua esposa. Somente Euricléia sua ama, consegue reconhecê-lo por uma cicatriz, após banhar-lhe os pés. O grande banquete é preparado para disputar Penélope, porque  prometera contrair matrimônio com aquele que fosse capaz de conseguir entesar o arco de Ulisses e após arremessar a flecha e atravessar  doze machados. Tentaram, porém em vão, apesar da grande força que faziam. Só Ulisses o consegue. Causa pânico nos pretendentes quando abandona os andrajos, sendo reconhecido. Só após longa hesitação, Penélope finalmente se convence de que se trata realmente de Ulisses, o seu verdadeiro esposo. Ajudado por Telêmaco, Ulissses massacra os pretendentes. Suas almas são conduzidas por Hermes, nas profundezas dos infernos. 




Guerra de Troia

                                Introdução 

A Guerra de Tróia foi um conflito bélico entre aqueus (um dos povos gregos que habitavam a Grécia Antiga) e os troianos, que habitavam uma região da atual Turquia. Esta guerra, que durou aproximadamente 10 anos, aconteceu entre 1300 e 1200 a.C.
Causa da guerra

Gregos e troianos entraram em guerra por causa do rapto da princesa Helena de Tróia (esposa do rei lendário Menelau), por Páris (filho do rei Príamo de Tróia). Isto ocorreu quando o príncipe troiano foi àEsparta, em missão diplomática, e acabou apaixonando-se por Helena. O rapto deixou Menelau enfurecido, fazendo com que este organiza-se um poderoso exército. O general Agamenon foi designado para comandar o ataque aos troianos. Usando o mar Egeu como rota, mais de mil navios foram enviados para Tróia.

A Guerra 

O cerco grego à Tróia durou cerca de 10 anos. Vários soldados foram mortos, entre eles os heróis gregos Heitor e Aquiles (morto após ser atingido em seu ponto fraco, o calcanhar).

A guerra terminou após a execução do grande plano do guerreiro grego Odisseu. Sua idéia foi presentear os troianos com um grande cavalo de madeira. Disseram aos inimigos que estavam desistindo da guerra e que o cavalo era um presente de paz. Os troianos aceitaram e deixaram o enorme presente ser conduzido para dentro de seus muros protetores. Após uma noite de muita comemoração, os troianos foram dormir exaustos. Neste momento, abriram-se portas no cavalo de madeira e saíram centenas de soldados gregos. Estes abriram as portas da cidade para que os gregos entrassem e atacassem a cidade de Tróia até sua destruição.

Os eventos finais da guerra são contados na obra Ilíada de Homero. Sua outra obra poética, Odisséia, conta o retorno do guerreiro Odisseu e seus soldados à ilha de Ítaca.

Mito ou fato histórico?

Durante muitos séculos, acreditava-se que a Guerra de Tróia fosse apenas mais um dos mitos da mitologia grega. Porém, com a descoberta e estudo de um sítio arqueológico na Turquia, pode-se comprovar que este importante fato histórico da antiguidade realmente ocorreu. Porém, muitos aspectos entre mitologia e história ainda não foram identificados e se confundem. Mas o que se sabe é que esta guerra ocorreu de fato.

sábado, 4 de agosto de 2012

Héstia



Héstia deusa do fogo sagrado

Héstia é a personificação grega do fogo sagrado, da pira doméstica e da cidade.Cortejada pelos deuses, especialmente pelo belo Apolo e por Netuno, Héstia rejeitou todas as propostas amorosas e pediu ao seu irmão Zeus que protegesse sua virgindade. Filha de Cronos e Rheia, era uma das divindades olímpicas. Devido à sua vontade de permanecer casta, suas sacerdotisas se mantinham a vigiar o fogo sagrado permanente nos templos.

Representada trajando um longo vestido, muitas vezes com a própria cabeça coberta por um véu, ela é a deusa que nunca abandona o lar, o Olimpo, e jamais se envolve nas brigas e guerras de deuses ou mortais. O animal mais sagrado à deusa é o asno.Como deusa do fogo sagrado, ela representava a divindade do lar, defendendo a vida da família, presidindo o ambiente doméstico e os laços familiares. Era muito comum utilizar a sua imagem nas moradas dos jovens que iam adquirir conhecimento longe de sua terra natal, pois isso mantinha a ligação familiar ausente.

Era adorada antes dos outros deuses em todas as festas, uma vez que era a mais antiga e preciosa das deusas do Olimpo. Um juramento feito em seu nome era o mais sagrado dos juramentos. De Zeus recebeu a honra de ser venerada em todos os lares, ser incluída em todos os sacrifícios e permanecer em paz, em seu palácio cercada do respeito de deuses e mortais. Era a personificação da moradia estável, onde as pessoas se reuniam para orar e oferecer sacrifícios aos deuses, e adorada como protetora das cidades, das famílias e das colônias.

Sua chama sagrada brilhava continuamente nos lares e templos. Todas as cidades possuíam o fogo de Héstia, colocado no palácio onde se reuniam as tribos. Esse fogo deveria ser conseguido direto do sol. Quando os gregos fundavam cidades fora da Grécia, levavam parte do fogo da lareira como símbolo da ligação com a terra materna e com ele; acendiam a lareira onde seria o núcleo político da nova cidade.

Sempre fixa e imutável, Héstia simbolizava a perenidade da civilização. Em Delfos, era conservada a chama perpétua com a qual se acendia a Héstia de outros altares. Cada peregrino que chegava a uma cidade, primeiro fazia um sacrifício Héstia. Seu culto era muito simples: na família, era presidido pelo pai ou pela mãe; nas cidades, pelas maiores autoridades políticas.

Héstia, a deusa casta dos lares, é a grande mãe e protetora de todas as mulheres casadas, das donas de casa e deusa do lar. Mediadora da integração psicológica, é a presença espiritualmente sentida, interior e anonima dos monges e freiras, da pureza absoluta, da percepção focalizada no mundo interior, da concentração, discriminação, desapego das pessoas, sem ambição e auto-suficiência. Na Grécia antiga significava um culto, o ritual de estar em volta de uma lareira. Para a felicidade de um casal era necessário ter uma lareira ou um altar que dá continuidade, consciência partilhada e identidade comum.

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O mito de Héstia representa a chama da vida. Héstia, que em grego significa passar pelo fogo ou consumir, sempre teve as honras de todas as divindades, tornando-se a única a ser cultuada em todas as casas dos homens e nos templos de todos os deuses. Nenhum lar e nenhum templo ficava santificado sem a sua presença. Héstia era tanto uma presença espiritual como um fogo sagrado que proporcionava iluminação, calor e aquecimento para o alimento. 

Era a divindade menos conhecida dos deuses olímpicos e nunca foi representada em forma humana, mas sim pela chama viva no centro do lar, do templo, da cidade, sendo seu símbolo um círculo, pois suas primeiras lareiras eram redondas, assim como os seus templos. Enquanto as divindades circulavam, Héstia mantinha-se imóvel no Olimpo. Essa imobilidade fez com que não representasse papel algum no mito, permanecendo mais como um princípio abstrato, a idéia da lareira, do que como uma divindade pessoal.

Sobre essa peculiaridade de Héstia, em ser paradoxalmente a primeira do Olimpo e ao mesmo tempo a mais obscura, sua imagem e seu lugar são idênticos. Não havia imagens em seu templo; havia apenas o fogo sagrado sobre a terra. Sua presença era sempre solicitada nos acontecimentos importantes da vida grega. Sem o fogo sagrado de Héstia não haveria festas para a humanidade pois ninguém poderia iniciar o primeiro e o derradeiro gole do vinho doce como mel sem uma oferenda à deusa da lareira.
 

Quando dois jovens se uniam pelo casamento, a mãe da noiva acendia uma tocha em sua casa e a transportava diante do casal até sua nova casa, para que acendessem a primeira chama em seu lar, tornando-o, por este ato, sagrado. Da mesma forma, cada cidade-estado grega tinha uma lareira comum com um fogo sagrado cultivado no edifício principal, ao redor do qual se congregava o povo. Quando alguém deixava a sua cidade natal, levava consigo o fogo sagrado de tal forma que onde quer que um casal se aventurasse a estabelecer um novo lar, Héstia vinha com eles, ligando o lar antigo ao novo, simbolizando o espírito de continuidade de ligação.
 Da mesma forma, em Roma a chama sagrada de Vesta unia todos os romanos numa única família.

Em seus templos o fogo sagrado era cuidado pelas virgens vestais , que em certo sentido eram as representações humanas de Héstia, eram suas imagens vivas, transcendendo à escultura e à pintura. As meninas escolhidas para serem vestais eram levadas ao templo, em geral, com menos de seis anos de idade. Lá seus cabelos eram cortados e suas vestes era de modo igual. 
Qualquer ponto que a distinguisse, era totalmente apagado.

Eram mantidas à distância de outras pessoas e honradas, devendo, de modo semelhante à deusa, preservar sua castidade, com terríveis consequências para quem violasse as regras impostas. Uma vestal que tivesse relações sexuais com um homem profanava a deusa e era punida com o sepultamento em vida, numa área pequena e sem ar no subsolo, com luz, óleo, alimento e um lugar para dormir. A terra sobre ela era nivelada, como se nada existisse embaixo.

Héstia tinha associação em torno de um espaço sagrado, de um centro, um ponto de convergência, um ponto de aquecimento. Venerada nos lares gregos e nas cidades, apresentava-se como uma pilha de carvão em brasa, localizada no Onphalos, o umbigo de Delfos, que era a cidade consagrada a Apolo considerada o centro do mundo pelos gregos. Também compartilhava a imagem do fogo sagrado com Hermes, que era o espírito alquímico imaginado como o fogo elementar. Tal fogo era considerado a fonte do conhecimento intuitivo, simbolicamente localizado no centro da Terra. 

Outra associação entre Héstia e Hermes se refere à sacralização de um espaço. Na Grécia antiga, na parte externa de todos os lares, como uma proteção contra qualquer invasão maléfica existia o "Herma" um pilar que representava Hermes. Assim, Hermes e Héstia eram associados na proteção de um espaço sagrado; enquanto Hermes protege o exterior, Héstia guarda o espaço interior. O pilar e o anel em forma de círculo representam os princípios masculino e feminino, respectivamente.

Héstia representando o espaço interior está associada aos valores femininos, a importância do santuário interior, da interiorização para encontrar significado e paz. O santuário da família sem a fonte de calor ficam diminuídos ou são perdidos. O sentimento de uma ligação básica com os outros desaparece, como também a necessidade dos cidadãos de uma cidade, país ou da terra se ligarem por um elo espiritual comum.
 

O fogo está associado à cor vermelha, ao verão e ao coração. Ora representa a paixão, ora representa o espírito ou conhecimento intuitivo. Tanto no antigo quanto no novo testamento o fogo é elemento que purifica e limpa, tornando-se o veículo que separa o puro do impuro, uma visão compartilhada com a alquimía. O fogo desde os primórdios é adorado por eliminar as impurezas, as contaminações, tendo o aspecto de regenerar e renovar.

Em muitas culturas primitivas, são inumeráveis os ritos de purificação que se configuram nos incêndios dos campos que se revestem, em seguida, de um tapete verde de natureza viva. É a natureza que age como a fenix, renascendo das cinzas e essa imagem tem a sua correspondência psicológica. Segundo Bachelard, existem duas direções ou constelações psíquicas na simbologia do fogo, de acordo com sua origem e conforme é obtido: pela percussão ou pelo atrito.
Pela percussão está intimamente ligado ao relâmpago, à flecha, portanto, ao princípio espiritual e possui um valor de purificação e iluminação. Esse se opõe nesse sentido ao fogo sexual obtido pela fricção, assim como a chama purificadora se contrapõe ao centro genital da lareira, como a exaltação da luz celeste se distingue do ritual de fecundidade agrária. Na sua dimensão simbólica o fogo obtido pela percussão representa a etapa mais importante da intelectualização do Cosmo e afasta mais e mais o homem de sua condição animal.
Para os Astecas o fogo terrestre, ctônico, representa a força profunda que permite a união dos opostos, a ascensão, a sublimação da água impura em água celestial, a água pura e divina. O fogo é o motor, o grande responsável pela regeneração periódica. O fogo que simboliza Héstia é também ctônico, vindo das profundezas da Terra, é uma chama que nutre ao mesmo tempo que ilumina a vida psíquica. O fogo do sacrifício ao ser substituido pelo fogo interior, que é simultaneamente o conhecimento penetrante, iluminação e destruição do invólucro carnal, tem o poder de tornar-se indestrutível. O aspecto destruidor do fogo também comporta uma conotação negativa e o domínio do fogo é também uma função diabólica. Observe-se a propósito da forja: seu fogo é ao mesmo tempo de demiurgo e do demônio. 

A importância de Héstia na vida psicológica advém de sua habilidade em mediar a alma, dando-lhe um lugar onde se congregar, um ponto de junção em que a alma e o mundo se misturam. É através da presença mediúnica de Héstia que a moradia do mundo do homem é psicológica. O ato de imaginar, atividade psicológica por excelência, não está separado do mundo. As moradias que criamos, é onde moram interiormente, sonhos e fantasias. Exteriormente manifestam um aspecto de nossa alma. A casa mais do que a paisagem é um estado psíquico.

As moradias do mundo cotidiano falam dos lugares de nossa alma e revelam um lado íntimo de nossa psique.
 A alma sob a perspectiva de Héstia nos revela em termos de metáforas espaciais, assim a patologia que se manifesta através da linguagem da deusa da lareira contém frases referentes ao espaço: fora da base, fora do centro, incapaz de se fixar, distanciada, sem um tapete sob os pés, numa demonstração de que, sem os valores de Héstia e do seu poder de integração, a alma é incapaz de encontrar um lugar onde morar. 

Uma das fantasias relacionadas à patologia da alma e que se faz muito presente desde os povos primitivos, é a da perda da alma. Cícero afirmava que a alma doente era aquela que não podia alcançar ou persistir, estava sempre perdida. Quando perdida, a alma não tem ligação psíquica com Héstia e sua centralidade. A alma não pode ir para casa porque não há um lugar para se retornar. Nesse contexto a ausência de Héstia representa uma ameaça para a integridade da psique, com sua multidão de imagens e a influência delas.

Sem Héstia não pode haver concentração na imagem e não há limites que distingam a intimidade da moradia interior e do mundo externo, pois não há uma casa psíquica que ofereça paredes protetoras que tornem possível as celebrações da vida, o alimento para a alma.
 Sem a presença de Héstia, o que se pode observar em certas desordens transitórias da psicose, particularmente das esquizofrenias, não existe separação entre os espaços de dentro e de fora, não há barreiras protetoras, que possibilite a permanência das imagens de tal modo que o mundo psíquico todo é vivenciado como transitório e fugaz.

As imagens de sonhos comuns em pacientes esquizofrênicos latentes revelam esse desarranjo profundo em termos de um espaço habitável apresentados imagisticamente como a Terra ou como um edifício. 
Barbara Kirksey acredita que essa frágil coesão e insegurança está relacionada com a ausência da capacidade mediadora de Héstia, que acolhe e centraliza os acontecimentos aleatórios num espaço comum e aqui cabe relembrar o mito realçando o fato de ser essa deusa, a primogênita e ao mesmo tempo a última, espécie de figura alfa-ômega da psique. Sua ausência ameaça toda a estrutura psíquica da personalidade em caos.

Assim como Hermes exerce a função mediadora que conecta e move a alma, também Héstia tem uma função coesiva na alma que preserva o elemento de plenitude e permite ao indivíduo imaginar em paz.
 A lareira redonda de Héstia, com um fogo sagrado no centro, é uma forma de mandala; símbolo da integridade e da totalidade. Uma imagem de Atena em vestes guerreiras, era guardada por Héstia ou Vesta em seu templo localizado em Roma. Tal imagem havia sido roubada de Tróia e acreditava-se que a ela se devia a preservação do império. Héstia ou Vesta foi designada a guardiã dessa imagem de Minerva, graças ao seu poder de iluminação que nunca falha, um poder que tudo vê e que assim preservava com sua luz a integridade do império.
A força de Héstia difere das outras duas deusas virgens Atena e Ártemis, pois enquanto estas manifestam seu poder sob a forma de atos de afirmação, Héstia ilumina e sua luz proporciona proteção e nutrição às imagens. Jean Shinoda Bolen nos diz ser uma características das deusas virgens a visão e a percepção focada, mas enquanto Atena e Ártemis dirigem sua luz para o exterior, Héstia a direciona para o interior e quando o enfoque se volta para o interior, em direção a um centro espiritual, a vida adquire um significado maior, tem-se um ponto de referência interior que nos permite permanecer firmes no meio da confusão, da desordem, da afobação do dia-a-dia.
Quando se fala em capacidade de iluminar, vem-nos à mente a questão do lugar para onde se dirige essa luz, ou seja, qual o seu foco e, segundo Ovídio, a palavra para terra em latim é Focus e a terra (focus) em latim é assim chamada por suas chamas e porque ela nutre todas as coisas. No ramo da ciência que estuda os fenômenos da propagação da luz, a óptica, foco é o ponto no qual os raios se encontram depois de refletidos ou refratados e também o ponto do qual os raios podem originar-se. Foco, portanto, é o ponto de separação e ao mesmo tempo de convergência do raio. A origem desse ponto expressa-se pela figura mítica de Héstia. 

Outra definição da palavra foco que se associa mais estreitamente com a vida psicológica vem do teatro moderno. No teatro, foco é a parte mais iluminada do palco e é nesse espaço mais iluminado que se desenvolve a trama que dá sentido à peça. Também em nossa vida psíquica aqueles caracteres que aparecem em nossas experiências psicológicas mais brilhantemente iluminados são o foco, que dão sentido ao drama de nossa vida. Pode-se dizer que Héstia não participa do drama como personagem, como figura, mas é ela que se encarrega da iluminação e se levarmos a sério a crença antiga da proteção através da iluminação, é Hestia que nos oferece a proteção necessária para que possamos iluminar e centralizar essas figuras ou imagens, nos cenários do nosso consciente.
 

Ainda se dá à palavra foco a definição que também se relaciona com a vida psíquica, é a que considera o foco como aquele ponto ou posição em que um objeto precisa situar-se, a fim de que a imagem produzida pelas lentes seja clara e bem definida. Focalizar está em oposição a interpretar a imagem, porque a ação de focalizar prende-se muito mais ao movimento das lentes buscando uma melhor definição da imagem do que a uma mudança de posição. O ajuste é, portanto, nosso. A imagem conserva o seu espaço, sendo o processo de focalizar que leva a pessoa a uma relação definitiva com a imagem, a partir da qual esta ganha iluminação e clareza. Retornar à imagem a partir de várias direções é uma tentativa de encontrar o foco, ou seja, isto é uma figuração ao modo de Héstia.
 

A condição de guardiã das imagens de Héstia faz-nos entrar em conexão com um outro aspecto dessa divindade, o da hospitalidade. Propiciando um lugar de união de congregação, Héstia oferece hospitalidade às imagens, elas são como espíritos que se corporificam ou se personificam através do acolhimento e do aconchego da lareira de Héstia. Personificar é um modo de conhecer; é uma possibilidade de se estabelecer um relacionamento fecundo com o inconsciente. 


Desejo que em 2011 tenhamos os nossos corações aquecidos com a chama sagrada que emana da nossa alegria de viver. Que deixemos queimar todas as tristezas e frustrações, preservando apenas os nossos mais caros valores de alma, respeitando-

Pegasus

                               

Pegasus era um cavalo alado símbolo da imortalidade. Sua figura é originária da mitologia grega, presente no mito de Perseu e Medusa. Pégasus nasceu do sangue de Medusa quando ela foi decapitada por Perseu. Com uma patada, Pégasus fêz brotar a fonte Hipocrene, que tornou-se o símbolo da inspiração poética. Quem de suas águas bebesse se tornaria um poeta.

Belorofonte foi adotado por Glauco, da casa governante de Corinto, dono do cavalo alado. Com ajuda de Atena e da rédea de ouro, domou Pegasus. Belorofonte era um herói, filho de Poseídon, e tinha esse nome porque matou involuntariamente seu irmão Belero, chamado de Alcímenes, um tirano da sua cidade natal.

Considerado impuro devido a esta morte, teve de abandonar a cidade e procurar refúgio na corte do rei Preto, que o acolheu e o purificou. Mas Anteia, mulher do Rei Preto tentou seduzi-lo e tendo sido repudiada, foi queixar-se ao marido de que estava sendo assediada.

Agravado pela suposta afronta, o Rei Preto o enviou para a corte de seu sogro Ióbates, com o pedido de que o matasse. Ióbates, contudo, só leu o pedido do seu genro depois de ter recebido Belorofonte como hóspede e ter partilhado com ele uma refeição, logo, segundo a lei sagrada da hospitalidade, não o poderia matar.

Movido pelo desejo de seu genro, Iobates encarregou Belerofonte de várias tarefas das quais muito dificilmente sairia vivo. Encarregou-o de matar o monstro Quimera, que devastava a região, atacando rebanhos. Belerofonte, contudo, com o seu cavalo, voou sobre o monstro e matou Quimera facilmente, com um só golpe.

Ióbates encarregou-o, então, de várias outras tarefas arriscadas, tentando em vão que ele fosse morto. Envia-o em luta contra o povo guerreiro dos Sólimos, mas ele derrota-os e retorna. Novamente o envia para lutar contra as Amazonas, mas ele derrota-as e retorna. Sem saber como se livrar de Belorofonte, Ióbates organiza uma emboscada com alguns dos mais corajosos dos lídios, mas que perecem perante a bravura de Belerofonte.

O rei fica convencido, então, de que Belerofonte só pode ter origem divina e, justificando-se com seu genro, deu-lhe a mão da sua filha, Filonoé ou Anticleia, de quem teria os filhos Isendro e Hipóloco, e Laodamia, mãe de Sarpédon.

Orgulhoso dos seus feitos, decidiu voar até o Olimpo montando Pegasus, mas Zeus, ofendido, enviou uma vespa para picar Pegasus que atirou Belorofonte ao chão. Atena amaciou o chão e ele não morreu mas só conseguia se rastejar, e passou sua vida à procura de Pegasus. Porém Zeus havia transformando o cavalo Pégasus em uma constelação.

Na Constelação de Pegasus está a estrela fixa Markab a 23º Peixes (*), que é considerada de natureza Marte/Mercúrio por Ptolomeu. Simmonite considera de natureza Marte/Vênus; e para Alvidas, tem natureza Júpiter quadrado Mercúrio/ com Saturno desde Peixes e Gêmeos. (*) posição m 2009

Dá honra, riqueza, fortuna, mas também há perigo de febres, cortes, golpes, punhaladas e fogo, e uma morte violenta quando está em aspecto com Sol, Lua, Ascendente e M.C.; ou outras configurações que sejam mais determinantes no mapa natal. 


A influência de Markab confere um espírito empreendedor, poder de resolução e mente determinada. Concede amor pelos discursos, bom julgamento, habilidades práticas e muita perícia, e reações rápidas. Provavelmente tenha habilidades precisas de corte ou uma oratória que impressiona, sabendo utilizar as situações a seu favor.

Ligada ao grau do sol indica atração por viagens, talentos artísticos e criativos e sucesso ao tratar com público. A aptidão para negócios pode proporcionar ganhos materiais, que podem vir por meio da habilidade de pensar e agir rapidamente.

Pode ter interesse em seguir uma profissão relacionada à educação superior, espiritualidade, filosofia e literatura. Porém Markat adverte contra a complacência e falta de entusiasmo, que talvez seja necessário superar. As características de irritabilidade, precipitação e ações prematuras, podem causar acidentes.